sexta-feira, 15 de julho de 2011

DEPUTADOS GOVERNISTAS! RECEOSOS????????

15 de julho de 2011  

MOACIR PEREIRA | UPIARA BOSCHI - INTERINO
  • Ressaca

    O sentimento dos grevistas no dia seguinte à aprovação do PLC 026 foi de ressaca. A operação política construída pelo governo para aprovar a proposta que alterava o plano de carreira do magistério mesmo sem o consenso com o Sinte/SC e boa parte dos profissionais da educação pode ter desgastado os deputados perante a opinião pública, mas mostrou resultados.

    Somada à decisão judicial que permitiu ao governo não pagar pelos dias sem aulas, a aprovação dos novos patamares salariais deixou a categoria sem ter onde se agarrar, além das próprias convicções, para manter uma paralisação que chega hoje ao 59ª dia. O profundo desgaste político de uma quarta-feira marcada por reuniões conjuntas de comissões, interpretações ousadas do regimento interno da Assembleia Legislativa, tumulto e a presença do Bope para controlar os ânimos resultou, quem diria, em uma quinta-feira tranquila para o governo estadual.

    Restou a luta de versões. De um lado, professores e a bancada de oposição dizem que o plano de carreira da categoria está morto e começam a divulgar listas dos 28 supostos assassinos. De outro, os deputados governistas passam as férias com recortes das novas tabelas salariais nos bolsos – uma forma de tentar convencer quem os aborda de que não votaram contra o magistério. Talvez só os contracheques de 2012 deem razão a um ou outro grupo.

    O futuro da greve começou a ser discutido pelo Sinte ainda ontem, em assembleias regionais que vão culminar em uma reunião geral na segunda-feira. À primeira vista, um roteiro de fim de greve de cabeça erguida. Diante disso, a Secretaria de Educação adiou para terça-feira a data final para os professores apresentarem planos de recuperação das aulas perdidas. Essa é a condição do governo para o pagamento dos dias parados e tinha, originalmente, como prazo final o dia de hoje.

    Ontem, o secretário Marco Tebaldi (PSDB) já falava em “recuperar o tempo perdido” e garantia que a paralisação atingia menos de 15% dos profissionais. A presidente do Sinte/SC, Alvete Bedin, admitia dificuldades em manter o ânimo dos grevistas, mas era cautelosa nas declarações. Para ela, o movimento ainda tinha pelo menos 30% de adesão, embora as regionais do sindicato não tenham números atualizados. Perguntada sobre se é possível fazer greve com menos de um terço da categoria, ela apenas disse:

    - As assembleias vão decidir.


    Fonte: DC OnLine

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